“Toda a história era tão bonita que qualquer um preferiria que fosse
verdade”.
“O jornalismo literário é como um
mosaico discursivo, nele está implícito uma riqueza de pontos de vista”.
“Toda história que se conta é sempre uma história de amor, interpretamos a história por trás da história às vezes como uma impossibilidade de comunicação no contexto de nossos impulsos freudianos”.
“A literatura sempre traz com ela o amor”.
Por que o enredo, a história, deixa de ser valorizada na literatura em detrimento da
linguagem?
Ultrapassar as simples dicotomias do cotidiano, algo como valorizar uma história. O que faço eu, jornalista, a não ser contar e ouvir histórias?
Segundo Mark Kramer, são oito os elementos do jornalismo literário:
Autoral
Mergulho no assunto em pesquisas
Estabelecimento de pactos claros com os leitores e as fontes
Em geral se escreve sobre fatos rotineiros
em voz íntima, informal
com estilo claro e respeitoso
Ponto de vista móvel, sem preconceitos, página em branco
Desenvolvimento de
sentidos O Globo Rural é um exemplo de jornalismo literário em mídia eletrônica. Entre 2008 e 2009 foram exibidas 135 reportagens especiais. Isso acontece já que o programa é exibido em um horário onde não há tanta pressão no ibope, além disso há uma continuidade na direção e o repórter cuida de todo processo de produção, desde a pauta até a edição final.
Desconstrução de mitos:
existe vida inteligente e literatura pode ser feita na TV. Quando dizemos que o jornalismo literário é autoral, o que dizer do jornalismo? Ele também não é algo autoral? Quais fatores mediam a denominação de autoral no literário?
“Todo amor é uma narrativa mediada por expectativas”.
Para Edvaldo Pereira Lima, o jornalismo literário deve adquirir um novo enfoque: ver a realidade de uma maneira complexa.
Jornalismo Literário e Meio Ambiente:
De que forma as matéria de meio-ambiente estão sendo feitas? O quê e como as coisas são mostradas? Gera-se um sentimento de que algo pode ser feito ou as notícias são alarmantes e só?
J.L
Ter
cheiro de rua Criar novos sentidos para o leitor
Beber de várias fontes
Se humanizar
Encontrar soluções? ..... Narrar um problema, no entanto, já é um caminho para a solução.
ARQUÉTIPO X ESTEREÓTIPO (J.L)
Fonte: que fontes usar para desconstruir estereótipos?
As mulheres fazem melhor o jornalismo literário, isto porque a área do cérebro feminino responsável pela linguagem, associação e construção de sentidos é maior do que a do cérebro masculino.
“É preciso sujar os sapatos, ir onde as coisas acontecem”. Sérgio Vilas Boas
De textos pausterizados e superficiais, é difícil surgir algo parecido com
CONSCIÊNCIA.
Criatividade
Imersão
Humanização
No J.L o que uma pessoa
PENSA e SENTE é notícia.
O J.L é uma forma de traduzir o ambiente cognitivo em linguagem, em narrativa, e de transportar as pessoas para lá”.
SEDUÇÃO pela PALAVRA.
J.L não é entretenimento.
PERSONAGEM, superar divisões maniqueístas...
Há sempre um PROPÓSITO, nenhuma narrativa é ingênua.
Quase como uma CARTOGRAFIA DO
DESEJO (Felix Guattari - Suely Rolnik)
As coisas não devem ser absolutas, temos uma série de ferramentas que podemos usar conforme elas sejam adequadas. O lead é essencial, assim como as narrativas além dele.
Apego ao lead, pressão da periodicidade, não existem no J.L. Uma boa história pode ser narrada a qualquer momento, mas se faz importante conhecer e saber usar os dois conceitos.
O J.L faz com que a ficção sirva a certa realidade, desta se fabrica a ficção, que se volta à realidade.
REALIDADE e EXATIDÃO não existem. A
IMERSÃO é o melhor caminho.
Mostre-me, não me induza.
ENVOLVA-MEJornalismo Literário é preciso, o mais impreciso é aquele que não se diz literário.
J.L é linguagem, riqueza da construção do texto, profundidade, evaporação do humano, do lúdico, do fantástico, do tudo e do nada...
E para os que insistem em verossimilhança...
...não há nada mais inverossímil que a realidade e nada mais verossímil que a
ficção.
Seduzimos estamos pela palavra, pela
mais bela das histórias de amor.