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Cores de brumaenfastiam meu temposedutoras em seu arrebatamentoinfantis em ruas meigas,em vozes repartidaspelo tempo ou pelo vento que me despenteia.Vozes sem hora definidanão sei nem menos nem tantotal pureza parece terraareia fina que arrebentaessas vias mal passadas por melancolia.Vertes água pedra seca e endurecidaefêmeras indecentese acho que desfiguradascom som de gestolançam a imagem da palavra inexistente.Onde mora o absurdo,por quais meios chegar ao começo?Traços pretosrecortes de tantos rostos com defeitostua voz é puraos silêncios faceirossentada apenas ouço aquele som de verdeverde, verde e mais verde...Os telhados são hostisas paredes brancas, estranhas.Concretos discretos do infinitomeu prazer é o teu,ali onde já não me percebes.Eis a sombra e manto de árvoresinta o toque destilado do divinomuito salta aos teus olhos libertinosonde pecam minhas falhas e faltasincertas...tão cheia de vertigenspálidas e altascorretas...
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