quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sem nome

Sou o silêncio.
Às vezes, o silêncio do silêncio.
Leio poemas em uma rua vazia.
Sou o que esconde.
No fundo sou segredo.
Lá no fundo onde me escondo.
Amo em segredo.
E como amo intensamente...
Escrevo para os solitários,
e para os pássaros.
Escrevo para mim mesmo.
Para me sentir essencial.
Para fazer com que minha vida,
tenha um sopro de sentido que seja,
um resto de beleza,
de calafrio,
de dor,
de arrepio,
de perplexidade,
de loucura.
Minha poesia recria a criação de outros
Faz dos mesmos temas
leituras diferentes,
ampliadas.
Fala do prosaico,
que no entanto é único,
raro,
precioso e assombrado.
Minha poesia nasce
da minha perplexidade e angústia
em neste mundo estar.
Este mundo que conheci sem entender,
este mundo que em mim sempre fará nascer perguntas,
para a maioria das quais,
eu dificilmente terei respostas.

M.V


"A poesia é a religião da humanidade"

Novalis, poeta alemão

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