sábado, 6 de março de 2010

Forma da sombra, cheiro do tempo...

eu
nada meu
meu
tudo seu
seu
nada fácil
fácil
tudo leve
leve
nada breve
breve
tudo ágil
ágil
nada permanece
permanece
tudo muda
muda
nada se parece



hoje
apenas ontem
logo amanhã
efêmero sem sombra
brisa sem dono
o tempo cheira a maça
o ar contempla o abandono



o espelho está inteiro
a água límpida
o vento canta ligeiro

a fumaça está com preguiça
o sol deitou mais cedo
o silêncio por perto
ronda quieto

as sombras sem corpo certo
desfilam como borboletas
minha alma dança no teto
e se esqueçe dando piruetas

M.V

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