sábado, 8 de agosto de 2009

Princesas decaídas e reflexões sobre o amor

Branca de Neve: cheia de filhos e o príncipe no sofá


Qualquer mulher quando visita sua infância se lembra das princesas e heroínas dos contos de fadas. Mulheres lindas, sensíveis, inocentes e, ao mesmo tempo, sedutoras. Mulheres perfeitas, idealizadas, possíveis apenas no território da ficção, distantes das dificuldades e da realidade da vida. Talvez, o que sempre tenha nos fascinado nessas princesas seja justamente essa perfeição e a certeza de um final feliz, aquele onde todas as dificuldades e maldades são superadas em busca do tão repetido “e eles viveram felizes para sempre”.
As princesas são parte da infância de muitas mulheres. Elas são nossos sonhos, nossa projeção, a inocência típica desta inicial fase da vida. Difícil encontrar uma mulher que não tenha uma princesa preferida, mais difícil ainda encontrar alguma que não sonhou com um grande amor, talvez um príncipe que não viesse em um cavalo branco, mas que soubesse ao menos fazê-la feliz. O fato é que um dia acordamos para a realidade ou a realidade nos acorda, vemos que os príncipes não são tão belos assim, as princesas não tão perfeitas e as histórias nem sempre tão felizes e carregadas daquele maniqueísmo simplista.
A fotógrafa canadense Dina Goldstein vem nos ajudar nesta descoberta com sua série “Fallen Princesses” (Princesas Decaídas), onde ela traz as princesas popularizadas por Walt Disney para o mundo real, que inclui situações nem sempre tão agradáveis. As fotografias são belas, coloridas, inteligentes e reais. Além de criativas, propõem uma reflexão sobre a realidade do amor por meio da estética da arte.
É, um pouco de realidade não faz mal a ninguém, afinal, se os contos de fadas não existem o verdadeiro amor mostra-se real e belo justamente nas suas dificuldades e imperfeições, materializando-se em diferentes histórias do nosso cotidiano, muitas vezes, o que nos falta é apenas um pouco de coragem para vivê-lo já que o verdadeiro amor costuma não ser o mais fácil. Mas, como dizem, a sua chama não se apaga nunca, nem mesmo depois da morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

Má,
Como já lhe disse pessoalmente, adorei esse post. As fotos são ótimos e seu texto, bom, é seu texto, né? Você arraza...E as poesias cada vez mais bela =)
Adoro vocÊ!
Beijão