quarta-feira, 3 de março de 2010

Minimalesca



no seio do amor
vertida com dor
tua vertigem sem cor



céu nublado
dia gostoso
penteia algumas lembranças
o vento da minha infância



viagem
doce miragem
não levo nada
só saudade



poesia e você
receita
de prazer



na casa da esquina
mora gente bonita
a flor por trás do muro
parece infinita




não quero vozes de histeria
quero apenas a promessa
de uma nova poesia



aonde cabe a poesia?
me perguntaram certo dia
onde começa a fantasia
respondi feito menina



risco
rabisco
desafino teu disco



copos enfileirados
vento suave
olhares desconfiados