quarta-feira, 8 de abril de 2009

Lendo-me

Efêmero como tudo que desmancha sob meus pés
Pela primeira vez não espero nada
Inebriante como tudo que entontece no instante último
Pela primeira vez não me sinto ameaçada
Misterioso como uma voz que eu escuto sem ouvir
Pela primeira vez vejo um rosto sem reparar
Inacabado como algo que dá chance ao destino
Pela primiera vez me deixo carregar pela sedução
Sonâmbulo como quem desafia as madrugadas
Pela primeira vez não me importo mais
Saio fora dos meus trilhos
Embora não perca o caminho de volta
Muito menos a razão de minha liberdade
Liberdade que só troco pelo saber de meu não saber
Liberdade intrínseca à minha primeira e derradeira vez

M.V

Um comentário:

Unknown disse...

Sua criação?
Belíssima...